Laudos periciais contestam versão de acusado nas mortes de mãe e filha

Psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato deve prestar novo depoimento à Polícia Civil para apurar divergências

Por Matheus Brito

18/02/2021 - 14:25

Foto: Divulgação


A Polícia Civil de Pompéia (cerca de 30 quilômetros de Marília) recebeu os laudos periciais com as causas da morte da autônoma Cristiane Arena, de 34 anos, e da filha, de 9 anos. O documento diverge da versão apresentada pelo acusado dos crimes, o psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, de 36 anos.


Segundo o delegado Cláudio Anunciato Filho, o laudo indica que Cristiane teve como causa da morte uma hemorragia causada por infiltração de sangue no pulmão, enquanto a criança foi assassinada por traumatismo craniano.


“O laudo pericial apontou que Cristiane foi alvejada com duas facadas nas costas, enquanto a criança foi morta com uma pancada na cabeça. Como existem essas divergências, vamos colher novo depoimento do acusado”, disse.


Áudio Delegado Cláudio Anunciato Filho sobre laudo pericial com as causas das mortes das vítimas


Em depoimento prestado após sua prisão no último dia 10, Belinato teria alegado que matou a companheira em legítima defesa. “Ele afirma que a vítima teria investido contra ele com um canivete e por isso se armou com uma faca, e desferiu um golpe no tórax”, disse o delegado.


Já sobre a morte da criança, o psicólogo disse que ocorreu por asfixia mecânica com as mãos. “A criança começou a questionar sobre a mãe e isso estaria atrapalhando os planos de ambos. A irmã teria dado a ideia de também matá-la. O Fabrício acatou o pedido da adolescente e assassinou a menina com as mãos”, afirmou.


Belinato, que está preso em cadeia da região, foi indiciado pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Somadas as penas podem ultrapassar os 60 anos de reclusão em regime fechado.


Caso – Os corpos da mãe e filha foram encontrados no final do mês de janeiro em uma residência em Pompéia. Uma adolescente, filha e irmã das vítimas, foi apreendida acusada de participação no crime.


“Encontramos o corpo da mãe na parte da frente da casa num local que havia sido concretado recentemente. Já o da criança, a adolescente indiciou a um dos nossos investigadores a localização exata”, disse.


Após o crime, Belinato fugiu e foi preso no dia 8 de fevereiro em Campo Grande (MS). “Ele fez um saque em Bataguassu e fizemos algumas diligências, mas ele havia fugido para a capital. Uma denúncia indicou que o acusado estaria trabalhando em uma obra, onde foi preso pela Guarda Civil”, finalizou.

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