TJ nega liberdade para acusado de matar filho de apenas 6 meses

John Soares dos Reis Oliveira Dias foi morto após agressões do pai no início do mês de março no conjunto de apartamentos da CDHU, na zona Sul de Marília

Por Matheus Brito

11/04/2024 - 10:58

Foto: Divulgação



Decisão do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo negou pedido de liberdade impetrado pela defesa do desempregado Dorival Soares dos Reis Neto, de 29 anos. Ele está preso desde março acusado de matar o filho John Soares dos Reis Oliveira Dias, de 6 meses, em crime ocorrido no conjunto de apartamentos da CDHU, na zona Sul de Marília. 

O pedido de habeas corpus para a revogação da prisão preventiva do acusado foi impetrado pelo advogado Higor Juan Cardoso da Costa. O defensor alegou que o desempregado sofre constrangimento ilegal do juiz da 2ª Vara Criminal de Marília, Paulo Gustavo Ferrari. Ele argumenta que não estão presentes os requisitos legais para manutenção da custódia.


O desembargador da 8ª Câmara de Direito Criminal do TJ, José Vitor Teixeira de Freitas, não acolheu as argumentações apresentadas pela defesa e indeferiu o pedido de liminar. “A decisão que manteve a prisão preventiva está devidamente fundamentada, em total consonância com os artigos quinto e 93, inciso IX, da Constituição Federal”, afirmou.


Com a decisão, o desempregado permanece preso. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado (motivo fútil, com emprego de asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima). Se condenado, ele pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão em regime fechado.


A mãe da criança, a autônoma Amanda Aparecida de Oliveira, de 23 anos, também foi indiciada pelo crime de homicídio. Ela, que está em liberdade, é acusada de omissão por saber das agressões sofridas pelo filho.


Crime – O homicídio ocorreu no dia 1º de março, no conjunto de apartamentos da CDHU, na zona Sul de Marília. A criança teria sido socorrida com ferimentos por ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o Pronto Atendimento (PA) da zona Sul, mas não resistiu e morreu.


Equipe de atendimento médico observou algumas lesões na criança e acionou a polícia.


O pai da criança teria sido acusado por populares de causar as lesões que resultaram na morte. Ele foi agredido com pauladas e em seguida detido pelos policiais militares.


Em depoimento à Polícia Civil, o homem confessou que mal tratava a criança. “Ele confessou que perdia a paciência com a criança e a agredia com alguns tapas na cabeça. Após cometer a violência, ele teria ido tomar banho e quando voltou a encontrou desfalecida”, disse o delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio.


O exame necroscópico realizado no bebê indicou que a criança tinha lesões cerebrais e de asfixia, além de ferimentos externos de maus tratos.

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