Bolas de futebol: Entre o campo e os negócios

Luiz Antônio Duarte Ferreira, o “Cai Cai” é empresário e investidor no futebol

Por Caderno 2

18/02/2024 - 07:00

Foto: Divulgação



Luiz Antônio Duarte Ferreira, o “Cai Cai”

 

Desde os primórdios do futebol, a bola tem sido o elemento central do jogo, e sua evolução tecnológica acompanhou de perto o crescimento e a globalização do esporte mais popular do mundo.


No decorrer dos anos, a busca por materiais mais avançados e técnicas inovadoras moldou não apenas a experiência dos jogadores em campo, mas também o cenário dos negócios por trás das competições mais prestigiadas, como a Copa do Mundo.

O uso de bolas de futebol remonta aos tempos antigos, mas foi no final do século XIX que o esporte moderno começou a demandar bolas mais padronizadas e confiáveis. Foi em 1863 que a Football Association (FA) estabeleceu as regras do jogo, padronizando o peso e o tamanho da bola. No entanto, a verdadeira revolução tecnológica das bolas de futebol teve início no século XX.


Nos anos 1960, as bolas eram predominantemente compostas por couro, uma escolha que refletia a tradição e a durabilidade. Entretanto, a introdução de materiais sintéticos nos anos 1970 e 1980 marcou uma nova era na história das bolas de futebol. O poliuretano e o poliéster começaram a substituir o couro, oferecendo durabilidade aprimorada e um melhor desempenho em condições climáticas adversas.


A guerra das marcas para produzir as bolas das Copas do Mundo se tornou um capítulo fascinante na interseção entre esporte e negócios. Marcas renomadas como Adidas, Nike e Puma competiram não apenas pela visibilidade em campo, mas também pela oportunidade de inovação e prestígio associado à produção das bolas oficiais dos torneios.


O batismo das bolas das Copas do Mundo muitas vezes refletiu a cultura e a identidade dos países anfitriões, bem como a visão das marcas patrocinadoras. Nomes como "Telstar", "Tango" e "Brazuca" ecoam na memória dos fãs de futebol em todo o mundo, evocando não apenas momentos históricos, mas também o impacto cultural e tecnológico desses eventos.


Entre as bolas mais famosas da história, a "Telstar", usada na Copa do Mundo de 1970 no México, permanece como um ícone do design e da inovação. Seus painéis pretos e brancos não apenas melhoraram a visibilidade em cores de televisão em preto e branco, mas também estabeleceram um padrão estético para as gerações futuras.


A "Tango" de 1978 e a "Brazuca" de 2014 também deixaram marcas indeléveis no imaginário dos aficionados pelo esporte, representando a evolução contínua da tecnologia das bolas de futebol e o constante equilíbrio entre tradição e inovação.


Em um jogo onde cada toque, passe e chute conta, as bolas de futebol se tornaram mais do que meros artefatos esportivos; elas são testemunhas silenciosas da história do jogo e dos avanços tecnológicos que moldaram o esporte ao longo dos anos. À medida que olhamos para o futuro, é emocionante imaginar as próximas inovações que continuarão a impulsionar o futebol para novas alturas, dentro e fora do campo.

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