Marília vai contar com residências terapêuticas
Moradores do HEM com perfil para viver na casa terapêutica já foram triados e estão sendo preparados para a mudança
Foto: Divulgação
Marília terá residências terapêuticas para atender à desospitalização de pacientes psiquiátricos. O Município publicou a habilitação do Instituto Brasileiro de Cidadania que participou do chamamento público. O projeto vai acolher moradores antigos do HEM (Hospital Espírita de Marília).
Ainda há vários trâmites legais, mas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, as residências terapêuticas devem entrar em funcionamento nos próximos meses.
Em princípio serão duas comunidades terapêuticas, uma masculina e uma feminina. Cada uma receberá dez pacientes do HEM, que se tornaram moradores por perda de vínculo familiar.
“A Raps (Rede de Atenção Psicossocial) é composta por alguns serviços, entre eles os serviços residenciais terapêuticos. As pessoas com mais de dois anos ininterruptos de internação psiquiátrica e que perderam seus laços familiares ou, por algum motivo, os familiares não podem ou não querem assumir seus cuidados, têm o direito de residir nesses serviços”, explicou a coordenadora de Saúde Mental do Município, Simone Cotrin.
As residências terapêuticas serão filantrópicas e irão compor a Rede de Atenção Psicossocial de Marília. Através do chamamento público, as moradias serão implantadas, mantidas e gerenciadas pelo IBC (Instituto Brasileiro de Cidadania), através de termo de colaboração com o poder público.
O projeto atende à determinação pública de desospitalização em instituições psiquiátricas. A habilitação do IBC foi publicada na edição desta quinta-feira (26) do Diário Oficial do Município.
Simone Cotrin salientou que essas casas terapêuticas, apesar de contarem com cuidadores ininterruptamente, técnicos de enfermagem e coordenador, não são serviços de saúde. “São casas. O cuidado com essas pessoas e a estrutura desses serviços devem ser como a de um lar. Essas casas estarão inseridas na comunidade, preferencialmente próximas ao Caps (Centro de Atenção Psicossocial)”.
O Caps faz o atendimento psiquiátrico ambulatorial, mas a frequência não é uma condição para residir em uma casa terapêutica. As duas casas serão implantadas em imóveis alugados e a equipe responsável ainda será contratada.
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